
não tenha medo de ir ao ginecologista
A hora certa para começar a se consultar com o ginecologista é entre 12 e 14 anos de idade, mesmo que a menstruação ainda não tenha chegado. Nesse momento, é interessante que a adolescente receba orientações médicas sobre sexualidade, uso de métodos anticoncepcionais e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
De acordo com o ginecologista Dr. Danilo Galletto, a principal causa da primeira ida ao médico é a irregularidade menstrual, muito comum no início do período fértil. Outro motivo importante é a presença de corrimentos. Mas, mesmo na ausência desses sintomas, as jovens não devem adiar a primeira consulta. Já após a perda da virgindade, é obrigatório marcar uma visita.
Medo e vergonha ainda são obstáculos para ir ao consultório pela primeira vez. Segundo Galletto, um dos maiores temores é que o exame ginecológico provoque dor. “Ele não é doloroso se for antecedido por uma boa explicação de como é realizado”, diz Galletto. Além disso, é comum não realizá-lo logo na primeira consulta, que pode servir apenas para um bate papo sobre sexualidade e tirar as dúvidas sobre exames e procedimentos.
Consulta
No caso de quem não teve relações sexuais, o atendimento consiste de uma análise da história clínica. Por exemplo, se toma algum remédio e se teve alguma doença recentemente. Assim como o pediatra, o ginecologista também pode medir altura e peso, além de verificar os batimentos cardíacos.
Em seguida, é feito o exame físico. A paciente veste uma camisola e se deita em uma cama ginecológica. O médico verifica se as mamas têm algum nódulo. Depois, pode examinar o abdômen e também olhar os genitais externos (grandes e pequenos lábios, clitóris, região da entrada da vagina) para ver se há corrimento ou feridas.
Será preciso coletar material vaginal apenas se existe suspeita de DST ou corrimento. As meninas não precisam se preocupar. “Existe um aparelhinho que colhe material de quem nunca teve relação, sem alterar o hímen e interferindo muito pouco na vagina”, diz Galletto. A coleta é analisada em um laboratório para o diagnóstico final.
Já no caso de adolescentes que iniciaram a vida sexual, também será realizado o exame preventivo do câncer de colo uterino, causado por um tipo de vírus sexualmente transmissível. “A infecção pelo HPV é muito comum em quem não utiliza preservativo ou o usa erroneamente”, explica Galletto.
Outra dúvida comum é se as mães serão avisadas sobre o que for dito no consultório. Por exemplo, se já houve relação sexual. “As jovens podem ficar tranquilas, porque o sigilo é fundamental quando elas fazem a consulta desacompanhadas”, afirma o ginecologista. Já se elas preferirem ter a presença de algum familiar ou do namorado, não há problema.
Na hora de escolher o primeiro médico, a dica é pedir recomendações de amigas e familiares. Muitas vezes, as mães querem levar as filhas para os mesmos consultórios que frequentam. Uma qualidade importante para se buscar no profissional é a capacidade de cativar a confiança da jovem, comenta Galletto. “Ela conta ao ginecologista não só seus problemas físicos, mas aspectos particulares e íntimos de sua sexualidade e de seu comportamento. Por isso, é indispensável que o relacionamento médico/adolescente seja muito bom.”





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